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Com ameaças, facção usa nome de Jesus para fechar terreiros

Facción / facção criminal usa el nombre de Jesús para cerrar lugares de rituales
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NOTICIACRISTIANA.COM.- Entre os dias 20 e 26 de setembro, seis locais de culto afro-brasileiro em Maracanaú (CE) suspenderam suas atividades após receberem ameaças de uma facção criminosa que, invocando o nome de Jesus, exigia o encerramento dos rituais. Quatro espaços foram fechados na Vila das Flores e no Santa Marta, enquanto outros dois foram advertidos nos conjuntos Timbó e Jereissati I.


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Denúncias formais e respeito da facção

Lideranças locais enviaram um ofício à Secretaria da Igualdade Racial (Seir) e à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), solicitando providências urgentes. A investigação ficou sob responsabilidade da Decrin. A secretária Zelma Madeira declarou: “A Seir está profundamente preocupada e ainda estamos em tratativas”, anunciando uma reunião de escuta com representantes dos terreiros.

Em nota, a SSPDS afirmou que “não há registro formal de ameaças em Maracanaú — AIS 12”. No entanto, equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar foram mobilizadas para acompanhar a situação. A pasta reiterou seu compromisso com a liberdade religiosa e orientou que as vítimas formalizem denúncias, inclusive de forma anônima.

Lideranças religiosas evitaram se identificar por medo de represálias. Um interlocutor afirmou: “As pessoas não querem se expor. Há um clima de medo muito forte”. Foram relatadas visitas intimidatórias, ligações e mensagens ameaçadoras, embora não haja registro de agressões físicas anteriores ao encerramento dos cultos.

Facções criminosas: GDE e TCP em foco

O Terceiro Comando Puro (TCP), facção originária do Rio de Janeiro, tem histórico de ataques a religiões de matriz africana. No Ceará, aliou-se à facção local Guardiões do Estado (GDE), composta majoritariamente por jovens e conhecida pela violência territorial.

Embora alguns membros do TCP se declarem evangélicos, autoridades alertam que a fé está sendo instrumentalizada para justificar atos violentos, sem respaldo bíblico ou legal.

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