NOTICIACRISTIANA.COM- Paulo Roberto Silva e Souza, figura central do Santo Daime no Rio de Janeiro, está no centro de uma denúncia formal apresentada pelo Ministério Público de abuso sexual.
O líder religioso, que há mais de quatro décadas fundou e dirige a sede da doutrina na cidade, é acusado por mulheres que alegam ter sido vítimas de abuso sexual, manipulação e assédio.
Segundo as investigações, Paulo Roberto utilizava sua posição de prestígio espiritual e a influência que exercia sobre os membros da comunidade para se aproximar das vítimas.
As denúncias apontam ainda o uso de substâncias psicoativas durante os rituais como parte do contexto em que os abusos teriam ocorrido.
Reconhecido por seus seguidores como “padrinho”, Paulo Roberto é considerado um dos principais nomes do Santo Daime fora da região amazônica. A religião, originada nos anos 1930 no Acre, é conhecida por integrar elementos do cristianismo com tradições indígenas e pelo uso do chá ayahuasca, que possui efeitos alucinógenos.
A sede da igreja comandada por Paulo Roberto está localizada em São Conrado, bairro de alto padrão na zona sul do Rio. Foi ali que, segundo os relatos das vítimas, ocorreram episódios de violência sob o disfarce de rituais espirituais.
As mulheres relatam que o líder espiritual teria se aproveitado do ambiente de confiança e da vulnerabilidade induzida pelas cerimônias para cometer os abusos.
As acusações lançam uma sombra sobre a reputação de um homem que, até então, era celebrado por expandir a presença da doutrina na capital fluminense. O caso segue em investigação pelas autoridades, e as denúncias vêm ganhando força com novos depoimentos de mulheres que alegam ter vivido situações semelhantes.
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Violência sexual
O escândalo escancara uma realidade sensível: o uso da fé e da autoridade espiritual como instrumento de manipulação e violência, em um espaço onde se esperava acolhimento e orientação.
A polícia já apurou as denúncias e já concluiu o inquérito. No relatório enviado ao Ministério Público, o delegado que investiga o caso pediu a prisão de Paulo Roberto. Ele foi indiciado por violência sexual mediante fraude.
Todas as vítimas dizem que alertaram outras autoridades da Igreja Santo Daime sobre os abusos, mas nunca foram ouvidas.
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