NOTICIACRISTIANA.COM.- À medida que se aproxima a Reunião Anual da Convenção Batista do Sul (SBC), marcada para junho em Dallas, cresce o debate sobre o futuro da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa (ERLC). Enquanto alguns líderes defendem sua continuidade, outros pedem sua extinção por considerá-la desnecessária e divisiva.
Ex-presidentes apoiam a ERLC
No dia 23 de maio, dez ex-presidentes da SBC divulgaram uma carta conjunta em defesa da ERLC. Entre os signatários estão Bart Barber, Ed Litton, JD Greear, Steve Gaines, Fred Luter, Bryant Wright, James Merritt, Tom Elliff, Jim Henry e Jimmy Draper.
Eles argumentam que a comissão tem sido essencial para defender a liberdade religiosa, promovendo valores cristãos em temas como aborto, pornografia e ideologia de gênero, além do casamento e da família. Apesar das críticas à gestão recente da ERLC, acreditam que sua eliminação seria um erro.
“Alguns de nós apoiamos a ERLC com entusiasmo. Outros foram críticos. No entanto, seguimos sem ver razão para sua descontinuação.”
Críticas à ERLC
Por outro lado, o pastor Jack Graham, da Igreja Batista Prestonwood, no Texas, tem sido um dos maiores críticos da ERLC. Em uma publicação no X, no dia 20 de maio, Graham afirmou que “a ERLC tem sido a entidade mais divisiva dentro da SBC desde a gestão de Russell Moore”, referindo-se ao ex-presidente da comissão.
Além disso, declarou: “Acredito que ela deveria ser desfinanciada.”
Segundo Graham, sua posição contrária à ERLC foi o motivo de sua exclusão da lista de signatários da carta.
O pastor já havia questionado a ERLC no passado. Em 2016, criticou publicamente Russell Moore por suas declarações contra Donald Trump durante a campanha presidencial. Em entrevista ao The Wall Street Journal, Graham afirmou que Moore demonstrava “desrespeito aos batistas do sul e outros líderes evangélicos”.
Argumentos a favor
O ex-presidente da ERLC, Richard D. Land, defendeu sua continuidade em um artigo publicado no The Christian Post. Em sua opinião, em vez de desmantelar a entidade, deveria haver um diálogo mais profundo dentro da SBC.
“A resposta para qualquer desacordo sobre uma de nossas entidades deve ser o diálogo e a discussão, não a eliminação completa.”
A carta dos ex-presidentes classificou a proposta de desfinanciamento como “extrema”, afirmando que os curadores da SBC são os responsáveis por avaliar e aplicar reformas necessárias. “Há uma diferença entre refinamento e erradicação.”
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