NOTICIACRISTIANA.COM.- O governo da Síria confirmou que o Estado Islâmico (ISIS) foi o responsável por um atentado suicida ocorrido em 22 de junho na Igreja Ortodoxa Grega Mar Elías, no distrito de Al-Douweila, em Damasco. O ataque resultou em pelo menos 25 mortos e 59 feridos, segundo o Ministério da Saúde.
O agressor entrou no templo durante um culto, abriu fogo contra os fiéis e depois detonou seu colete explosivo. Imagens divulgadas pelo Patriarcado Ortodoxo Grego de Antioquia mostraram cenas devastadoras: sangue no chão e escombros dentro do santuário.
“Um ato terrorista contra a convivência nacional”
O ministro do Interior, Anas Khattab, classificou o atentado como uma tentativa de desestabilizar o país: “Os atos terroristas não impedirão os esforços do Estado sírio para alcançar a paz civil”. Em declaração oficial, acrescentou: “Um suicida afiliado ao ISIS entrou na igreja, atirou e depois se explodiu”.
O porta-voz ministerial, Noureddine Al-Baba, afirmou que “a segurança dos locais de culto é uma linha vermelha” e que ataques como este visam destruir a convivência nacional. O Ministério das Relações Exteriores da Síria descreveu o ataque como “uma tentativa desesperada” de gerar divisão em um momento político delicado.
ISIS reivindica autoria e ameaça com mais violência
Horas depois, o ISIS assumiu a autoria por meio de um comunicado divulgado por canais internacionais. O grupo tem intensificado ataques contra minorias religiosas, especialmente cristãs, como parte de sua visão sectária extremista.
Além da Igreja Mar Elías, também foram registrados ataques contra o Mosteiro Deir Ibrahim al-Khalil e a Igreja de Nossa Senhora, segundo informações da All Arab News.
Reações internacionais
O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, classificou o ataque como um “crime atroz”. Já o embaixador dos EUA na Síria, Tom Barrack, declarou: “Esses atos covardes não têm lugar no novo tecido de tolerância que os sírios estão costurando”. Há receios de que células ativas do ISIS estejam se reorganizando em regiões como Aleppo, Hasakah e Deir ez-Zor.
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