NOTICIACRISTIANA.COM.- Jihadistas fulani fortemente armados invadiram a comunidade agrícola de Yelwata, no estado de Benue na Nigeria, de maioria cristã e onde viviam milhares de pessoas deslocadas por ataques anteriores. Durante dois dias, incendiaram casas, atacaram com machetes os que tentavam fugir e destruíram abrigos improvisados.
“Trancaram algumas pessoas, jogaram gasolina nelas e depois atearam fogo”, relatou Micheel Odeh James, da Truth Nigeria. Também denunciou que “queimaram bebês.”
Testemunhas afirmam que pelo menos 200 pessoas foram assassinadas em um ataque que durou apenas três horas. Mas o número pode ser ainda maior, já que corpos continuam sendo encontrados nos arredores.
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Cristãos como alvo
Benue é um estado majoritariamente cristão. Segundo James, mais de 97% da população local pertence a denominações como batistas, metodistas e católicos. Líderes religiosos descrevem o massacre como uma tentativa deliberada de eliminar a presença cristã na região:
“Essas milícias não estão apenas matando: estão limpando a terra para se apropriarem dela. E estão sendo autorizadas a fazer isso”, denunciou o Pe. Remigius Ihyula, da Fundação Justiça, Paz e Desenvolvimento de Makurdi.
Um líder comunitário contou que os agressores chegaram de moto, gritando “Allahu Akbar”, e abriram fogo contra pessoas que dormiam na feira local, onde havia mais de 500 refugiados.
“Uma família inteira foi queimada viva: um homem, suas duas esposas e todos os filhos”, contou Matthew Mnyam, à International Christian Concern. “Foi um ataque bem coordenado, vindo dos flancos leste e oeste da comunidade.”
Por que o mundo se cala?
Líderes cristãos denunciam que os ataques têm sido minimizados por interesses políticos. Sob governos anteriores, os massacres eram descritos como “conflitos entre agricultores”, sem reconhecer a motivação étnico-religiosa.
“Cristãos estão sendo massacrados de maneira horrenda no cinturão central da Nigéria… e nada está sendo feito”, lamentou James à CBN News.
Nos Estados Unidos, organizações como Global Christian Relief pediram que a Nigéria volte a ser designada como “País de Preocupação Particular” por violações graves à liberdade religiosa.
“O massacre de até 200 cristãos em Yelwata é um lembrete dilacerante do sofrimento causado pela fé”, afirmou Brian Orme, presidente da organização. “Este é o momento para o corpo de Cristo global se unir em oração e ação.”
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