Aumento da Perseguição Cristã em Moçambique, diz relatório

Aumento da Perseguição Cristã em Moçambique, diz relatório

NOTICIACRISTIANA.COM.- Desde junho de 2022, a perseguição a cristãos em Moçambique, especialmente na província de Cabo Delgado, tem se intensificado devido aos ataques do Estado Islâmico.

O relatório “Perseguidos e Esquecidos?” da Fundação AIS (Ajuda à Igreja que Sofre), destaca que a violência islamista militante se deslocou do Médio Oriente para África. Aumentando a perseguição aos cristãos como inimigos do Estado ou da comunidade local.

O bispo de Pemba, António Juliasse, aponta, citado no relatório, “a pobreza endémica e a falta de educação” como “os motores da insurreição islamista, e não a religião”.

No entanto, outra fonte diocesana indica que “desde julho deste ano, parece que o Estado Islâmico assumiu o controle” dos insurgentes e “a situação é mais sensível do que no ano passado, porque agora os cristãos começam a ser visados e a guerra está a assumir uma dimensão mais religiosa”.

Análise do relatório sobre a perseguição

O relatório analisa os desafios enfrentados pelos cristãos em 18 países. Destacando um aumento da violência e opressão na maioria deles, incluindo Moçambique.

No documento é apontado um aumento da violência e/ou opressão sobre os cristãos na maioria dos 18 países escrutinados, embora se reconheça que, em muitos casos, esses problemas abrangeram apenas regiões específicas e não o total do país.

Assim, registou-se um agravamento na perseguição aos cristãos na Nicarágua, Burquina Fasso, Nigéria, Moçambique, Iraque, Irão, Paquistão, Índia, China, Sudão e Eritreia. Por sua vez, registou-se uma melhoria ligeira no Vietname e a manutenção da situação em Mianmar, Síria, Egito, Turquia, Arábia Saudita e Coreia do Norte.

A Fundação AIS critica os governos por não tomarem medidas efetivas contra a perseguição de cristãos e outras minorias religiosas. E antecipa que é pouco provável que os governos recentemente eleitos tomem ações significativas.

Nessas zonas, “os intervenientes estatais e não estatais, utilizaram cada vez mais como arma, a legislação existente e nova legislação que criminaliza atos considerados desrespeitosos para com a religião do Estado, como forma de oprimir os cristãos e outros grupos religiosos minoritários”.

A Fundação AIS lembra que em 2024, quase 50% do mundo terá participado em eleições. Sublinhando que “durante anos, os governos têm sido criticados por, na melhor das hipóteses, se limitarem a falar da necessidade de tomar medidas contra a perseguição dos cristãos e de outras minorias religiosas”.

No entanto, avisa que “ignorar a situação dos cristãos é ignorar os sinais de alarme, pois onde quer que aqueles sejam perseguidos, o direito à liberdade religiosa para todos é ameaçado”.


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