NOTICIACRISTIANA.COM.- A guerra no Sudão entrou em seu segundo ano sem uma resolução clara. As hostilidades entre as Forças Armadas do Sudão e as Forças de Apoio Rápido (RSF) pioraram a situação humanitária. Os cristãos são os mais afetados.
Rafat Samir, secretário-geral da Aliança Evangélica do Sudão, destacou que os cristãos sudaneses têm sido “ignorados e negligenciados por muito tempo na ajuda humanitária“, o que aumentou sua vulnerabilidade.
Os membros das igrejas evangélicas não são aceitos pelas partes em conflito devido a diferenças políticas e étnicas.
A Aliança Evangélica do Sudão e os líderes das igrejas locais revelaram uma escassez crítica de alimentos, água potável, suprimentos médicos e materiais educativos nos campos de deslocados internos e zonas de guerra.
Atenção mundial desviada do Sudão
A atenção mundial tem se concentrado nos conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, enquanto a crise neste país muitas vezes não é denunciada. O Sudão acolheu um milhão de refugiados, a segunda maior população de refugiados da África.
Após a queda do governante do Sudanes, Omar al Bashir, em 2019, havia esperança de um retorno ao governo civil, mas a situação piorou. O país também foi afetado por condições climáticas severas que contribuem para secas e insegurança alimentar.
Intervenção internacional
Tom Perriello, enviado especial dos Estados Unidos ao Sudão, viajou ao país para pressionar por um aumento na ajuda e pôr fim à guerra. A ONU aumentou suas operações de ajuda alimentar, enviando 700 caminhões com 17,500 toneladas de alimentos, suficientes para alimentar 1,5 milhão de pessoas por um mês.
Este país africano enfrenta a maior crise de deslocamento do mundo, com mais de 11 milhões de pessoas fugindo desde abril do ano passado. Quase 3 milhões cruzaram para países vizinhos, enfrentando impactos do clima extremo e das mudanças climáticas.
Perseguição de cristãos
A Rússia vetou uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que pedia um cessar-fogo no Sudão, o que foi condenado pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos. A resolução não foi aprovada devido ao veto russo.
O Sudão subiu vários lugares na lista World Watch de países onde os cristãos enfrentam perseguição extrema, ocupando o oitavo lugar este ano. A guerra civil aumentou a vulnerabilidade dos crentes.
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