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Cristãos fogem de grupos armados no México

A discriminação agrava a situação: alguns proprietários cobram o dobro do aluguel por saberem que se tratam de deslocados. Portas Abertas apoia 250 cristãos
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NOTICIACRISTIANA.COM- Em um antigo auditório no estado de Chiapas, México, mais de 100 pessoas compartilham o mesmo teto, apenas dois banheiros e um espaço improvisado para viver. Nenhuma delas cruzou uma fronteira ou possui status oficial de refugiado, mas vivem como tal: são deslocados internos.

A crise começou em julho de 2024, quando famílias cristãs fugiram de suas comunidades indígenas após sofrerem ataques de grupos armados. Os criminosos, envolvidos em disputas territoriais, exigiram lealdade. Quando os cristãos optaram pela neutralidade, foram considerados inimigos e forçados a deixar suas casas.

“Disseram que, se não nos uníssemos a eles, teríamos que sair”, conta Martha*, uma das afetadas. Em meio à violência crescente, mais de 100 pessoas fugiram, enquanto 109 foram sequestradas e mantidas presas por nove dias. A intervenção do exército mexicano evitou uma tragédia, e os reféns conseguiram escapar.

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250 cristãos

Desde então, muitas famílias vivem em abrigos temporários. Em agosto de 2024, a organização Portas Abertas passou a fornecer alimentos, roupas e apoio espiritual. Mas as necessidades continuam crescendo. Falta comida, trabalho e acesso a serviços básicos.

Casos como o de Mariana*, que deu à luz durante o deslocamento e luta para cuidar do bebê com problemas cardíacos, revelam o drama invisível dessas famílias. “Perdemos tudo”, diz Rosário*, mãe solteira. “Antes eu comprava uma laranja; hoje tenho que escolher entre isso ou pagar o aluguel.”

A discriminação agrava a situação: alguns proprietários cobram o dobro do aluguel por saberem que se tratam de deslocados. Portas Abertas apoia 250 cristãos, oferecendo atendimento médico, psicológico e ajuda financeira. “Eles perderam tudo, mas mantêm a fé. Isso nos inspira”, diz Ana*, colaboradora local.

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